terça-feira, 2 de abril de 2013

Os "novos" do Restelo


Este fim-de-semana, no panorama futebolístico português, fica marcado o regresso do Belenenses à principal liga do nosso futebol. Merecido. Mais que merecido! Poderíamos considerar que tem sido um passeio, mas isso seria desrespeitar as outras equipas que por lá andam, na Segunda Liga, e tiraria o gosto da dificuldade que pressupõe a conquista de um objetivo desta importância. Mas a realidade dos factos não deixam margem para dúvidas: faltam 9 jornadas para o términus da competição (a disputa de 27 pontos),contabilizando até agora apenas 3 derrotas, o melhor ataque, a melhor defesa e 23 jogos sem perder (série interrompida pela derrota diante do Penafiel, nesta última jornada… no jogo da subida!).
É de facto um domínio avassalador, que faz olhar com olhos de ver para esta equipa e esta estrutura. Os mais atentos ao futebol lembrar-se-ão da crise diretiva que o simpático clube lisboeta passou, afetando assim também a parte desportiva. O clube que outrora conquistara o campeonato português (época 45/46), desce à segunda liga em 2010. O objetivo, desde essa altura, passa a ser inquestionável: o Belenenses tem que voltar ao lugar que lhes é devido. Três épocas volvidas, depois de um 12º lugar tremido (10/11) e um 5º lugar (11/12), está consumado.

Olhando para o plantel do Belenenses, saltam à vista dois aspetos: quase 65% do plantel é português e a média de idades é de 24 anos. A equipa liderada pelo holandês Michell van der Gaag , arrumou a casa no início de temporada, formou um plantel com muitos jogadores de escalões inferiores, e deu oportunidade a jogadores jovens de se mostrar. A aposta foi ganha, e mesmo sendo certo que só depois do sucesso se realça o que antes poderia ser dúvida, o Belenenses mostra assim ao futebol português que se pode, e deve, apostar em jovens com valor que andam perdidos pelo nosso futebol! Jogadores como Tiago Caeiro e Fernando Ferreira (que juntos contabilizam 20 golos para o campeonato), Duarte Machado e Kay (quase intocáveis na defesa), o guardião Matt Jones (totalista), Freddy e Tiago Silva (provenientes das camadas jovens), são alguns exemplos da aposta clara no que é desconhecido, jovem e português. E depois vêm também os suspeitos do costume, como Desmarets e Diakité, entre outros, que acrescentam experiência numa equipa que tem altos índices de rotatividade.

Por enquanto não sabemos o que vai acontecer no que resta desta participação na segunda liga. Não sabemos também o que vai acontecer a estes jogadores quando terminar a época, nem sabemos se terão oportunidade de brilhar no escalão principal. O que já é certo é que este emblema irá figurar na Primeira Liga Portuguesa na época 2013/2014, de volta ao convívio com os grandes.
E as saudades que o Cristo Rei já tem de um bom jogo de Primeira Liga…

FaQ

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